segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Love, Life, Meaning... Over.

“Com as pernas trémulas, ignorando o facto de a minha atitude de nada adiantar, segui-o, embrenhando-me na floresta. Os vestígios do trajecto que ele tinha percorrido desapareceram de imediato. Não havia pegadas, as folhas estavam de novo quietas; mas eu avancei sem pensar. Não podia fazer mais nada. Tinha de continuar a andar. Se parasse de o procurar tudo teria acabado.
O amor, a vida, o sentido… tudo terminado.
(…)
As ondas de dor que, anteriormente, me haviam apenas tocado ao de leve elevaram-se agora bem alto, precipitando-se sobre a minha cabeça, e empurrando-me para o fundo.
Não voltei a tona.”


Não podias fazer qualquer coisa?
Dar-me um sinal?
Qualquer coisa.
Um sinal de que te incomodas, de que te preocupas.
Um sinal de que não me esqueceste.
Um sinal de que não me deixaste para trás…

Eu dou-te. Dou-te todos os sinais que posso.
E tu não mos correspondes. Porque?
É isso? Deixaste-me para trás?
Eu não posso faze-lo. Não consigo.
Serás sempre meu, a minha maneira.

Os dias passam cada vez mais devagar
E eu continuo presa aí. A ti.
Agora perdi-te.
Sinto a tua falta.
E não suporto a dor.
Desesperada, angustiada, despedaçada.
Tento controlar-me, mas estou a morrer por dentro.

Não é justo.
Não agora que encontrei o meu lugar.

Porque é que ficou tudo tão errado?
Porque é que tudo é tão injusto?
Porque é que não estás comigo?
Porque é que preciso tanto de ti?

Todas estas perguntas pairam na minha cabeça.
O tempo leva todas as memórias.
O vento leva tudo o que me disseste.
O vento leva a tua voz, o teu toque, o teu sorriso.
Porque não em leva a mim?

Porque não estás aqui?
Fica comigo.
Não me deixes.
Preciso de ti.

“O tempo passa. Mesmo quando tal parece ser impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do ponteiro dos segundos dói como o palpitar do sangue sob a ferida. Passa de forma irregular, em estranhos avanços e pausas que se arrastam. Mas, lá passar, passa. Até para mim.”


domingo, 27 de setembro de 2009

Pragas

A solidão é como uma praga.
Uma praga que devora tudo.
Devora a mais bela lembrança,
Deixando-a menos viva.
Devora o mais pacifico pensamento,
Tornando-o obscuro.
Devora o mais terno sorriso,
Tornando-o doloroso.

A dor?
A dor assemelha-se ao vento.
Podemos senti-la, mas não conseguimos alcança-la.
Podemos senti-la, mas não a conseguimos combater.
Podemos senti-la, mas não lhe conseguimos colocar fim.

A dor também é uma praga.
Devora-nos;
Escapa-nos;
Derrota-nos.
E, por muito que o desejemos, nunca desaparecerá.

"Saí do sito onde pertenço, e voltei para onde não pertenço."
Injusto? Completamente.